No
dia 20 de maio, pelas 21h 30, o EFA 16 e o EFA 18 assistiram ao espetáculo o
“Misantropo”, uma adaptação do texto do dramaturgo francês Molière (1622- 1673)
e encenação de Nuno Cardoso, no Teatro Viriato (coprodução Teatro Nacional
São João, São Luiz Teatro Municipal, Centro Cultural Vila Flor e Teatro
Viriato).
Foi
com muito interesse que os formandos puderam assistir a um “Texto satírico de
enorme subtileza e inegável apuro formal, O Misantropo (1666)
é uma análise impiedosa da sociedade e das suas regras que se mantém
surpreendentemente atual, expondo diferentes relações de poder e jogos de
enganos, numa oscilação constante entre a sinceridade e a hipocrisia, entre a
atração e a repulsa pelas convenções.” (disponível em <http://www.teatroviriato.com/pt/calendario/o-misantropo/>).
As
formadoras de CLC
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Para refletir…
Haverá misantropos na sociedade atual?
Etimologicamente misantropo do gr. Misánthropos, anthropos
(άνθρωπος) que significa homem, ser humano e mis,
também do grego μίσος (misos)
que significa ódio. Um misantropo será então aquele «que odeia os homens»; por via culta,
provavelmente francesa (Dicionário Etimológico
da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado), é um indivíduo que mostra
antipatia por toda a espécie humana.
Assim, a misantropia é o estado psicológico de um determinado
indivíduo que não se adapta ao sistema ou simplesmente alguém que se recusa a
seguir as normas e as leis impostas.
Poder-se-á então falar de misantropos na sociedade atual?
O
conceito não implica necessariamente uma forma de violência. É comum ter ódio
ou aversão contra povos que são diferentes de nós, pois o contacto entre culturas diferentes gera normalmente diferentes
posicionamentos e formas de estar na vida.
Também
é comum ter aversão por um tipo específico de população, como pessoas que
sentem aversão a quem é pobre ou aversão a quem tem uma determinada cor de
pele. Há igualmente misantropia contra quem não tem o mesmo “nível cultural”.
As consequências negativas desta postura etnocêntrica, isto é, desta postura cultural de quem acredita na
supremacia de uma cultura ou grupo étnico são evidentes nesta sociedade,
tais como: o racismo; a xenofobia; o isolamento cultural ou até a própria
destruição de culturas minoritárias.
Com
efeito, a misantropia pode ser apenas um desprezo como aquele que diz que
prefere os bichos aos homens ou pode ser o ódio, violento e assassino de alguém
que pensa e executa o plano de matar dezenas e até centenas de pessoas num
ataque.
Deste
modo, não restam dúvidas de que existem diversos graus de aversão ao ser
humano, por características que podem ser sociais, culturais, intelectuais,
morais, espirituais ou até religiosas. A solução para a misantropia será, então, o seu
oposto: Omnia amor vincit (O amor vence tudo).
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